O Pe. Julio Lancellotti representa mais do que um projeto pessoal
Recentemente, tive que pedir socorro no centro de saúde, UPA da Mooca, SP, de madrugada, por causa de uma infeção. Resolvi descansar várias horas, no meu carro, estacionado na praça ao lado, enquanto esperava o retorno dos resultados dos meus exames. De manhã começou a encher a praça de homens, a maioria jovens. Calculei, talvez 200 pessoas. As pessoas conversavam pouco. Esperava algo em silêncio. Comecei a sentir tristeza. Obviamente eram pessoas sem rumo. A gente conhece as estatísticas. Mas quando vê uma multidão de pessoas é diferente.
Automaticamente minha mente começa questionar a situação. Como a cidade de São Paulo tem tanta gente assim, abandonada, invisibilizados. Porque esta situação não comove nossa humanidade, nossa fé? Na volta do atendimento na UPA, percebi que as pessoas estavam numa fila e a fila estava andando e entrava numa rua ao lado. Resolvi verificar o que estava no início da fila. Descobri um padre com um grupo de voluntários acolhendo as pessoas com carinho, distribuindo comida e dando orientações para pessoas que pediram informações. Era o Pe. Júlio e sua equipe.
O Pe. Júlio Lancellotti é um dos padres mais atacado e mais elogiado no Brasil hoje. Até o Papa ligou para ele para incentivar seu trabalho. O que é mais duro é que seus inimigos, em busca de votos e outras vantagens, tentam atacar o que é mais doloroso para um padre, atacam sua moral e sem provas e com falsos vídeos. O Pe. Júlio já falou que não trabalha visando sucesso, pelo contrário vê derrota na frente. Trabalha com o povo de rua para ser coerente com sua consciência e com o Evangelho.