Sou paroquiana há 40 anos da São Miguel Arcanjo e sempre acompanhei o pe. Julio Lancellotti. Meus filhos foram crescendo na São Miguel Arcanjo, eu tenho 3 filhos, 2 foram coroinhas do pe. Julio. Hoje meu filho mais velho já tem 50 anos. Eu fiz minhas boas de prata na São Miguel Arcanjo. Acompanhei a formação da Casa Vida, São Martilho de Lima. Fui Conselheira Tutelar por dois mandatos. Eu não tenho nada a falar, só tenho que agradecer o pe. Julio. Ele me ensinou a ser um ser humano melhor. Obrigada, pe. Jlio, estamos com você, estamos juntos.
Receba meu abraço, minha acolhida, meu agradecimento por tudo o que o senhor faz, por tudo o que o senhor vive, quando nas celebrações consegue passar exatamente o que a gente sente no dia a dia, nos momentos de dificuldade. Consegue a partir do Evangelho, colocar Cristo na nossa vida, na nossa rotina.
Sinta aqui o meu abraço, a minha acolhida, a minha força. Um abraço.
A 1ª vez que vi Pe. Júlio, foi um dos momentos mais bonitos da minha vida. Vi, claramente, Jesus entrando na igreja, com um colete azul, cabelinho branco e uma humildade que me constrangeu completamente. A humildade pura, genuína e materializada: Jesus estava ali.
Não há nenhuma outra liderança que eu respeite mais nessa vida. Pe. Júlio representa o que a Igreja deveria, realmente, ser.
Mas que não é.
E não é, pela interpretação equivocada dos ensinamentos – ou só ruindade, mesmo – que um pessoal reproduz. Padre, repito o que disse olhando nos seus olhos, semana passada: o senhor é meu combustível para continuar vivendo dentro de uma Igreja em que os valores parecem estar ao avesso.
O senhor me lembra, todos os dias, quem são os verdadeiros cristãos e reproduz, fielmente, os ensinamentos de Cristo.
Hoje foi uma missa triste. A celebração foi marcada pelo tom de choro contido. A covardia presente no bilhete deixado na porta da igreja, é exatamente o reflexo do que são essas pessoas que se dizem “religiosas/de bem”. Utilizam, covardemente, a religião para reafirmar aquilo que há de mais podre em suas almas: o preconceito, aporofobia, intolerância, julgamento.
Violência.
O retrato dos 4 anos de um Brasil de Morte.
A tristeza e o cansaço presente nos olhos do padre, simbolizam a luta pela sobrevivência.
Faço um paralelo com a partilha da querida @neidinha_surui na preparação para a cúpula da Amazônia, em que participei neste mês.
Neidinha abriu o debate falando das inúmeras vezes em que foi ameaçada de morte. O motivo? Lutar por dignidade.
Essa é a realidade dos que clamam por justiça social no país. Vai além do ódio ao ativista: é um ódio à causa.
Padre, que São Miguel proteja sempre a tua missão.
Carregas a dor de um povo que suplica por alimento, moradia e inclusão.
É uma luta pelo Brasil, ao passo que é a luta pelo irmão.
O Brasil ali, deitado no chão, recebe o teu alento, agasalho e o pão.
E, na mão estendida, Jesus se faz presente neste ato de compaixão.
Padre, eu te amo profundamente!
És a essência viva de Cristo.
Eu estou aqui porque eu quero honrar meu compromisso com Jesus. Meu compromisso de saber que eu aprendi com o pe. Julio que o compromisso de Jesus, o caminho, é um modo de ser na vida, um modo de agir na vida. Aprendi que esse compromisso de Jesus é com os pobres, com os doentes e com todos que a sociedade esqueceu, discrimina. Foi isso que eu aprendi com o pe. Julio nas homilias.
Foi o pe. Julio que teve a coragem e a força de saber que a Febem não era o lugar do meu filho.
E o senhor é perseguido pelos fariseus da atualidade assim como Jesus também foi perseguido pelos fariseus da época. Então, padre, saiba que o senhor não está sozinho não, senhor está com milhões de pessoas do Brasil e do mundo que amam o senhor, que reconhecem no senhor a capacidade de amar o próximo, de fazer na prática o que Jesus fez e nos ensinou.
Margarida Luz
Felício dos Santos / MG
Vale do Jequitinhonha
Venho desde muito nova acompanhando toda luta da igreja em favor dos pobres e em defesa dos Direitos Humanos. E acho que o senhor representa tudo de bom nessa linha de ação.
Que os homens todos abram seus corações para viver a plenitude da graça.
Mensagem de apoio da comunidade São Miguel Arcanjo
Nós, da comunidade São Miguel Arcanjo, queremos manifestar nosso carinho e solidariedade ao padre Júlio Lancellotti. Para nós, é motivo de orgulho e alegria ter o senhor como pároco.
Alguns aqui convivem com o padre Júlio há quase 40 anos! Há quem tenha sido batizado, feito primeira comunhão, crisma e recebido sua benção no casamento. É uma vida…
E todos somos testemunhas de sua dedicação integral aos outros, em especial aos mais pobres, indesejados, aqueles que se tornam invisíveis. Inspirado por pessoas como dom Paulo Evaristo Arns, dom Luciano Mendes de Almeida, a querida dona Wilma e tantos outros que o precederam, o padre Júlio é exemplo de como viver a fé na prática.
Nossa paróquia já não se limita a uma área geográfica. Muitos vêm de longe para participar. Muitos acompanham online suas pregações, que trazem sempre reflexões profundas, conectando a Palavra de Deus com o nosso tempo. É a Bíblia no contexto para não virar pretexto.
Com a pandemia, sua voz chegou ainda mais longe e trouxe conforto e esperança para milhares de pessoas que tiveram oportunidade de conhecê-lo melhor. Muitas pessoas expressam gratidão por isso e é comum virem às celebrações manifestar seu carinho.
O padre Júlio recebe também críticas, ofensas e acusações, potencializadas em anos de eleição. Com o tempo, porém, todas se revelam infundadas ou motivadas por interesses obscuros. Já vimos esse filme…
Nós damos graças a Deus pela sua vida de luta incansável, questionando e anunciando sempre. Padre Júlio, pastor e profeta, nós seguimos incondicionalmente com o senhor. Força e coragem sempre!